domingo, 22 de novembro de 2009

Meu amor de inverno

Sem notícia nenhuma, sem saber se você tá bem, sem saber se passou de ano, se foi atropelado, aonde vai passar o natal, se o ano novo vai ser aí mesmo, se você ainda quer falar comigo.. nada, eu não sei mais nada de você, já tinha me acostumado a falar com você todos os dias, por mais que eu te xingasse quando você vinha, eu me peguei várias e , várias vezes sorrindo quando uma janelinha subia falando comigo, e eu via que era você. Que saudade eu sinto de você, do seu sorriso feio, da sua voz de sono, da sua carinha de neném.. Ai, como era bom, aquele frio na barriga a semana toda só pra te encontrar, e ficar falando, e falando, e falando mais de como você era fofo, do que você falava pra mim, daquelas vezes que você me emprestou o casaco, e daquela em especial, que você ficou com vergonha, porque disse que o casaco tava sujo, mas no final acabou me emprestando. Foi nesse mesmo dia que você disse que tinha muitas saudades de mim, e eu lembro até hoje da sua voz me falando isso.
E como nós éramos bobos, como daquela vez, que fomos no estacionamento, e a gente percebeu que os seguranças estavam olhando, e a gente não conseguia parar de rir, e eu te abracei morrendo de vergonha. E quando a gente voltou e contou pra todo mundo, eles disseram sempre a mesma coisa : "Só vocês mesmo". Que saudade eu sinto de ouvir essa frase, e de saber que existia a gente. Que vontade de voltar a ter esse meu baixinho bobo, que só falava bobagem e que mesmo assim eu ria, ria como se não houvesse amanhã, e ele realmente não existia. Como era bom te ter por perto, mesmo estando longe. Como era bom ouvir você falando do meu cabelo. Ai, que vontade de você, meu, meu, meu. Meu neném, meu baixinho, meu amor de inverno.

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