Na sorveteria, o amor volta em lembranças. Porque aquele sabor era o preferido dela, aquela cobertura era a preferida, aquela sorveteria era a preferida, aquela esquina, bairro, clima, lua, aquele mês era o preferido dela, a temperatura, aquele programa de fim de tarde e aquele horário sem planos para a noite.
No elevador, quantas saudades daqueles segundos em silêncio, presos na caixa blindada, vigiados por câmeras camufladas, loucos para se agarrarem, apertarem todos os botões, tirarem a roupa, riscar na paredes: 'eu te amo'. Não se tem saudades do que não se ama.
Amá-la me faz bem. Mesmo que ela não me ame, amo amá-la. Continuei amando desde o dia em que terminou.Passei dias amando como se não tivesse acabado. O amor não acaba, muda. O amor não será, é. O amor está. Foi. O amor não é o vazio. O anti-amor também é amor.[...]
Diz, não acaba. Repete. Falei?Não acaba. Pode virar amor não-correspondido. Pode ser amor com ódio, Paixão com amor, frustrado, mal resolvido. Tem o amor e o nada. Mas o nada também é amor. O amor não acaba. Vira. Só tenho uma certeza. Se acabar, não era amor."
adorei!
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